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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

são 270 presos em um local para 36.

Direitos Humanos diz que denúncia sobre cadeias capixabas não é política

12/11/2009 - 20h08 (Letícia Cardoso - Redação Gazeta Rádios e Internet)
foto: Guido Nunes
DPJ Grande Vitória
DPJs na Grande Vitória amanheceram interditados nesta quinta-feira. Em Vila Velha, onde a situação é mais crítica são 270 presos em um local para 36.

Um pré-relatório sobre as condições do sistema prisional capixaba foi apresentado nesta quinta-feira (12), em Brasília, no Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH).  O órgão decide no próximo dia 09 de dezembro medidas que o Governo Federal poderá adotar na questão carcerária capixaba. No mesmo dia, representantes do governo do Estado vão entregar um documento mostrando os investimentos feitos e programados para desafogar as cadeias e delegacias capixabas.

O governo ressalta que em 2009 foram inauguradas sete Unidades Prisionais e mais duas serão inauguradas até o final do ano. Na reunião desta quinta-feira participaram os secretários de Estado, José Eduardo Azevedo, de Justiça, Ângelo Roncalli, e de Segurança Pública e Defesa Social, Rodney Miranda, além da presidente do Instituto de Atendimento Socioeducativo do ES, Silvana Gallina. As autoridades capixabas mostraram as medidas que o Estado vem adotando para enfrentar o problema.

O vice presidente do Conselho, Percílio Lima, que já inspecionou as cadeias capixabas em outras oportunidades, disse que os fatos e fotos mostradas revelam que a situação pouco mudou. Destacou ainda que o propósito do governo Federal em realizar as ações de inspeção não está baseado em questões políticas.

"O relatório apresentado no plenário foi resultado de visitas realizadas pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) no sistema prisional do Estado. As condições ambientais são medievais. Uma coisa que nós deixamos muito claro aos secretários presentes foi que nas intervenções feitas pelo CDDPH, não há e nunca houve um viés político. O que há é uma construção de direitos humanos nós estamos mostrando as falhas. Eles ouviram, anotaram, fizeram as observações e pediram o teor do relatório. Agora vão fornecer ao Conselho", destacou.

Se tratando de avanço no sistema penitenciário no Estado, ele destacou o empenho das autoridades na tentativa de solucionar os problemas. "O que se pode fazer no âmbito do governo Federal é essa cobrança que vem sendo feita. Não tem outra forma de agir. Eu vejo pela primeira vez um avanço que é o comparecimento das autoridades. Até então eles ignoravam. Eles fizeram uma exposição oral e vão colocar num papel documentalmente aquilo que eles disseram de uma forma verbal. Isso será entregue junto com o relatório final", disse.

Nesta quinta-feira, os Departamentos de Polícia Judiciária (DPJ) de Vitória, Cariacica, Vila Velha e Serra, na Grande Vitória, amanheceram interditados e com faixas de protesto. Em Vila Velha, onde a situação é mais crítica, são 270 presos em um local para 36.

Na Serra, num espaço construído para abrigar cinco detentos haviam 35. Em Cariacica e Vitória, as unidades não possuem capacidade para presos, ainda assim, no DPJ da capital existem 23 detentos e em Cariacica 21. 
 
http://gazetaonline.globo.com/index.php?id=/local/minuto_a_minuto/local/materia.php

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

"Profissional aprende na prática, não no curso"

A crise em que a segurança mergulhou depois da veiculação das imagens de tortura na Penitenciária de São Pedro de Alcântara também serviu para trazer à tona o debate sobre a preparação dos agentes prisionais.

Em Santa Catarina, eles recebem 32 horas de aulas de disciplinas relacionadas aos direitos humanos e tratamento de detentos durante o curso de formação. A quantidade representa 7,8% da carga horária total de 408 horas.

O novo diretor do Departamento de Administração Prisional (Deap), Nilson Júlio da Silva, reconhece que situação precisa melhorar, mas declara que antes da criação da Escola Penitenciária, em maio de 2007, o cenário era pior porque não havia nada.

"Profissional aprende na prática, não no curso"

O presidente do Sindicato do Trabalhadores no Serviço Público Estadual, Mário Antônio da Silva, afirmou que a quantidade de aulas sobre direitos humanos é insuficiente. Ele não considera que o agente prisional sai preparado da Escola Penitenciária. Declarou que o profissional aprende na prática, não no curso de formação.

A professora de Ética, Cidadania e Direitos Humanos da Escola Penitenciária, Leonete Thiesen, disse que muitos dos agentes prisionais em formação nunca estudaram as áreas que ela leciona. Leonete falou que procura passar os conteúdos das disciplinas para os futuros profissionais saberem que representam o Estado e agirem dentro da lei.

O diretor do Deap tem outra opinião. Nilson definiu a criação da Escola Penitenciária como um divisor de águas e prometeu ampliar o tempo de aulas. Ele revelou que nas três turmas formadas até hoje, a necessidade de agentes prisionais apressou o trabalho.

Houve aulas em todos os dias da semana para conseguir cumprir a carga horária em dois meses. Ele espera que o tempo do curso aumente para três meses permitindo maior aproveitamento por parte dos estudantes.

Orientação para o uso progressivo da força

Sobre o uso da força nas cadeias, Nilson afirmou que não existe resolução regulando os casos em que ela pode ser empregada. Explicou que quando necessária, são seguidas as regras do Departamento Penitenciário Nacional. A orientação do Deap é de que os agentes trabalhem com o chamado uso progressivo da força.

Em situações graves, a presença do agente prisional deve ser suficiente para controlar o ambiente. Quando não basta, o profissional se dirige aos detentos de forma objetiva. Se houver revide, eles recorrem ao gás lacrimogêneo ou de pimenta.

A última alternativa são as espingardas calibre 12 com munição de borracha. Confronto físico entre presos e agentes prisionais só deve ocorrer quando o preso ataca. O funcionário pode se defender com técnicas de imobilização.

http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&sectio

domingo, 8 de novembro de 2009

Existe uma longa, muito longa distância

Reverência
Antes de iniciar a leitura de seu voto na tarde de revelações daquela quarta-feira (26) de agosto, o desembargador Pedro Valls Feu Rosa se curvou em reverência às representantes da Associação de Mães e Familiares de Vítimas de Violência (Amafavv) ali presentes. “É um grupo de mães e irmãs, filhas, pais, irmãos, que tem tido a coragem e que muitas instituições não tem, de denunciar, de colocar-se contra os crimes como: tortura, corrupção e prevaricação. Repito, essas pessoas humildes, em sua maioria, tem tido, muitas vezes, a coragem que falta às nossas instituições”, cutucou o desembargador.
Segundo a presidente da Amafavv, Maria das Graças Nascimento Nacort, parte das denúncias sobre a violação dos direitos humanos dentro das prisões capixabas foi levada ao conhecimento do desembargador pela Associação. “Quando mostramos ao desembargador as fotos de vários presos que foram brutalmente esquartejados dentro dos presídios ele ficou horrorizado. Acho que ele não imaginava que a violência chegasse a esse ponto”, conta Maria das Graças.
“Há poucos dias recebi um chocante relatório, subscrito pela Associação de Mães e Familiares Vítimas de Violência, cujo teor transcrevo parcialmente, mas que passa a integrar, em sua totalidade, este voto”, disse o desembargador que em seguida começou a ler o documento encaminhado pela Amafavv. “A notícia de vossa valiosa intervenção evitando a chacina de 15 pessoas nos motivou a encaminhar as seguintes denúncias recebidas em nossa Associação, cujos relatos chocam e provam que a crueldade dos crimes de tortura praticados pelas autoridades que compõem o sistema prisional desse Estado supera e muito as torturas das prisões da era medieval”, denuncia o relatório.
Nos trechos seguintes Feu Rosa lê, indignado, as denúncias, uma a uma, e as comenta. Diz uma parte do documento:
Ocupação das celas. “São inúmeras as denúncias sobre a venda das mesmas. O preso que não tem como pagar passa de presídio em presídio e fica geralmente nas celas mais superlotadas e sujas. Para ter direito a cama ou ‘jega’ - que é chamada a rede – tem que pagar. No IRS a galeria 37 que tem 17 celas com espaço para dois detentos por cela, e é destinada a presos que trabalham, a ex-policiais, custa muito dinheiro. Temos informação que chega a custar até R$ 15 mil uma vaga nessa galeria. A chamada Penitenciária de Segurança Máxima I – administrada por uma ONG do Paraná [Inap – Instituto Nacional de Administração Penitenciária que terceiriza a mão-de-obra em diversas unidades prisionais do Estado] – o derrame de dinheiro é facilmente identificado”
.
Saúde. “60% dos detentos estão infectados com doenças infectocontagiosas somente porque faltam condições mínimas de higiene, tais como banheiro decente, água filtrada e sabão. E para piorar, a Secretaria de Saúde está contratando ONGs de São Paulo e de outros estados para cuidar da saúde dos presos”.
Alimentação. “A comida que é servida aos presos é horrível, além de custar em média 12 a 14 reais e vem sempre estragada, fria e entregue fora do horário comum das refeições. E os juízes e promotores quando vão aos presídios avisam que vão e comem lá para fazer cena uma outra comida”.
Visitas. “Fila para entrar. Mesmo chegando às 5 horas da manhã não se consegue entrar no horário, pois as mulheres dos chefes do crime chegam tarde e entram na frente da fila, pois os seus lugares são garantidos pelos próprios policiais”.
Revista íntima dos familiares. “Senhor desembargador não teríamos nunca palavras para descrever o sentimento das mães, irmãs e esposas que passam por tais constrangimentos. Há ocasiões onde várias mulheres ficam nuas durante horas aguardando as agentes concluírem a revista. Os locais das revistas são imundos, cheios de fungos. As revistas são coletivas o que constrange ainda mais. As portas são abertas sem nenhum cuidado, com as mulheres ainda nuas. É comum as mães, mulheres e irmãs ouvirem comentários maldosos e olhares indiscretos dos agentes e policiais. Porém o pior acontece com as crianças e principalmente com os meninos. Ficam nus sozinhos e tem seus órgãos genitais revistados por policiais militares. Temos relato de que às vezes uma revista em uma criança chega a durar quase meia hora. O que será que acontece com aquela criança? Em outras vezes as meninas são revistadas junto com as mães tendo que assistir todo o procedimento vexatório que a sua mãe é submetida e sendo obrigada a olhar e depois essa mesma criança fica completamente nua diante das agentes. Onde está a legalidade desse ato? No dia de visita a maior parte dos familiares sai chorando e constrangido da sala da revista íntima”.
O desembargador afirma que não se pode ignorar a imensa quantidade de objetos que parentes tentam introduzir ilegalmente nas prisões. Entretanto, ele pondera que a revista não pode se traduzir em um ato de humilhação pública de esposas, mães e crianças. “Existe uma longa, muito longa distância - a mesma que separa o cumprimento de um dever à violação criminosa de princípios os mais básicos insculpidos na Constituição Federal”, destaca o desembargador e em seguida retoma a leitura.
Crime de tortura. “Destes temos as provas de uns cem e temos também um CD com fotos de todos esses casos que passamos a relatar: Welerson Rodrigues Siqueira. Vítima de tortura, espancamento e lesões corporais por parte de policiais dentro do presídio (anexo laudo de exame de lesões corporais)”.
Feu Rosa diz que há uma lista com os nomes dos 13 detentos que teriam sido submetidos à tortura. Ele esclarece que todos os casos são acompanhados de laudos de Exame de Lesões Corporais. “Pensando bem, seria superficial falarmos em ‘13 reeducandos’. A frieza do número mascara a monstruosidade e a extensão da tortura denunciada. Reduz o caráter de humanidade. Atenua a gravidade de um quadro tenebroso. Assim, peço licença para ler cada um destes nomes, tal como escrito na chocante denúncia de tortura, acompanhada dos respectivos laudos oficiais emitidos pelo Departamento Médico Legal”, salienta o desembargador que em seguida lê o nome completo de cada uma das vítimas de tortura.
Depois, mais uma vez indignado, comenta: “O mais abjeto, o que mais choca, porém, é um detalhe sinistro: todos os laudos de exame de lesões corporais destes 13 reeducandos foram emitidos em um mesmo dia! Em todos eles o Médico Legista, Dr. Roberto Casotti Lora, foi claro: ‘Houve ofensa à integridade física ou à saúde do paciente, e esta ocorreu em decorrência de ação contundente’. Confesso que chamou-me a atenção, na sinistra lista que li, o relato alusivo ao último dos nomes lá enumerados, que a seguir reproduzo: ‘Lucas Costa de Jesus. Vítima de tortura, espancamento e lesões corporais em 17/06/2009 por parte de policiais dentro do presídio (anexo Laudo de Exame de Lesões Corporais. Laudo Hospitalar. Denúncia da AMAFAV e alvará de soltura). Senhor desembargador, esse rapaz merece a vossa atenção. Noventa dias foi o tempo que o Estado levou para massacrá-lo, torturá-lo, transformá-lo em paraplégico e depois colocá-lo em liberdade eternamente preso a uma cadeia de rodas’. Seria esta denúncia uma mera criação mental de algum agitador lunático ou familiar transtornado?”, pergunta o desembargador.
Na sequencia, sempre em tom indignação, o desembargador Feu Rosa lê o laudo que comprova a veracidade da denúncia. “Declaro para os fins de direito que o paciente Lucas Costa de Jesus deu entrada no Pronto-Socorro deste Hospital no dia 13/07/2009, vítima de projétil de arma de fogo (bala de borracha), apresentando traumatismo cranioencefálico grave, com ferida corto-contusa em região parietal direita com exposição de massa encefálica e fragmentos ósseos. Submetido à cirurgia de craniotomia para retirada do projétil, sendo constatada lesão de artéria cerebral média à direita. Encontra-se internado na UTI deste Hospital em estado grave, em ventilação mecânica e sem previsão de alta hospitalar ou da UTI”, atesta o laudo médico.
“Vamos ver se eu entendi: alguém é preso, sofre violências até ficar paraplégico, é solto e ‘ponto final’? O pior é que, segundo relato que me foi enviado, está o mesmo a passar fome e carente dos medicamentos mais básicos. Eis aí algo a ser apurado até as últimas consequências e em todos os níveis. Formulo votos de que tudo isto tenha sido apenas um equívoco, por recusar-me a acreditar que a omissão e a covardia tenham chegado a níveis tão altos”, protesta o desembargador.
‘Fim da picada’
Feu Rosa lembra ainda que a Amafavv fez outras graves denúncias sobre o crescente número de mortes dentro dos presídios. O desembargador reforça que todas as denúncias apresentadas estão sustentadas em um contundente relatório acompanhado de um CD contendo diversas fotografias e respectivos laudos de Exame de Lesões Corporais.
“Esta não foi uma carta anônima, ou algo escrito por algum lunático. Há datas, há fatos e há documentos. E – o que mais choca - não há notícia das respectivas apurações! Seria o medo? Pode ser. Há poucos dias recebi, em meu gabinete, um presidiário sob liberdade temporária e sua esposa. Foi lá relatar que após muito trabalhar na fabricação de blocos, no IRS, constatou que todo o dinheiro a que fazia jus havia sido desviado. Provou o alegado exibindo um extrato no qual constava a soma de apenas alguns poucos centavos. Quando manifestei a intenção de determinar a apuração deste fato, ele começou a chorar e suplicou que não, ou sofreria represálias. Malgrado tenha visto o extrato da conta bancária, confesso não me recordar do nome deste reeducando, e nem sei se sua denúncia é verdadeira. Porém, se isto está a acontecer, trata-se de uma vergonha. Perdoem-me pela expressão chula, mas isto seria ‘o fim da picada’”, desabafa o desembargador.


http://www.seculodiario.com.br/exibir_not.asp?id=4385

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

ACONTECE EM SANTA CATARINA



 Relatos de violência em presídio de SC mobilizam autoridades
02 de novembro de 2009 08h05 atualizado às 08h08

Vídeos que mostram agressões a presos em Santa Catarina mobilizam autoridades policiais e do Poder Judiciário do Estado. Segundo o Diário Catarinense, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em Santa Catarina considerou "doentias" as ações, que mostram presos sendo espancados por policiais sem reação.
Uma reportagem mostrada pela RBS TV local evidencia situações das quais os detentos que estão presos no Complexo São Pedro de Alcântara e no Presídio de Tijucas, na grande Florianópolis, são submetidos a espancamentos por parte de policiais que trabalham no local. A reportagem mostra uma operação de transferência ocorrida em fevereiro de 2008, comandada pelo Departamento de Administração Prisional (Deap) na qual os condenados apanham algemados dentro de um banheiro, têm a cabeça mergulhada em um vaso sanitário e seguem apanhando mesmo aparentando desmaios. Durante o vídeo, os policiais afirmam que fazem aquilo para "dar uma lição" aos detentos.
Também teriam ocorrido agressões em série no presídio de Tijucas, onde um laudo médico encaminhado à Justiça mostrou agressões corporais em 143 dos 350 presos examinados. A situação de violência teria ocorrido no chamado "corredor polonês", situação que obriga os presos a passar pelo meio de policiais para ser espancados. Depoimentos de presos à reportagem confirmam as agressões.
A delegacia de Tijucas abriu inquérito para investigar as acusações. A delegada Luana Backes disse ao jornal que as ações mostram que os policiais serão investigados por crime de tortura. O secretário executivo da Justiça e Cidadania de Santa Catarina, Justiniano Pedroso, disse ao jornal que vai querer saber "as razões e motivos" da violência policial.
Em entrevista para o jornal, o diretor do Deap Hudson Queiroz confirma que participou das ações de transferência, mas afirma não saber das ações de tortura. Em relação à operação em Tijucas, Queiroz admitiu ao jornal as agressões e justificou, afirmando que houve confronto e os presos teriam a intenção de fazer um agente como refém, ameaçando com armas artesanais.
O juiz-corregedor do presídio, Pedro Walicoski Carvalho, disse ao jornal que isso não justifica as ações. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em Santa Catarina (OAB-SC), Dórian Ribas Marinho., afirmou que as ações de violência são "inclassificáveis" e "injustificáveis sob todos os aspectos". O presidente ainda disse que a ação mostra falta de "respeito à dignidade humana".

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4076593-EI5030,00.html